domingo, 30 de abril de 2017

O que aconteceu? - By Andrea M. L.

 Muitas coisas aconteceram durante esse tempo que passou e que ficamos ausentes sem dar notícias à vocês. Vamos contando aos poucos, com calma. Imaturidade, ciúme doentio entre outras coisas nos trouxeram alguns conflitos, mas conforme disse é melhor contar devagar o que aconteceu nesse período até os dias de hoje.




 Pelo meu lado havia um ciúme excessivo, era muito possessiva em relação ao Chris e insegura não só em relação a nossa pequena diferença de idade, mas também pelo passado dele, que não conseguia deixar de lado. Pelo lado do Chris havia sua inexperiência em relacionamento sério. De repente sua vida mudou da água pro vinho e quem era completamente livre se viu casado e pai de três filhos em pouco tempo. Rápido demais.... Esses desentendimentos levaram a nossa separação.




Depois de me deixar, cada um ficou arrasado para o seu lado. A guarda compartilhada das crianças não ajudava muito no processo. Quando eles estavam com o Chris eu surtava completamente, afinal era por causa deles que me obrigava a ficar sã. Algumas vezes ia para Bridge visitar a Alice e o Heitor, claro que eles não poderiam ficar sempre comigo por causa da escola. Foi em uma dessas visitas que perdi a cabeça de vez. Em vez de ir ao encontro que estava marcado com a minha filha Alice acabei me embebedando e tomei meus remédios de depressão. Isso quase custou a minha vida.



 Fui resgatada pelo meu ex-marido, o Miguel, depois que a Alice ligou preocupada porque não havia aparecido para busca-la. Ele me encontrou inconsciente e me levou à hospital e de lá fui transferida para uma clínica particular, com o máximo de sigilo. Acordei confusa dias depois com o Chris me tocando e logo veio a voz dos dois discutindo no quarto. Estava confusa demais, mas quando finalmente abri os olhos o encontrei me observando e ele pediu o meu perdão



Da clínica voltamos para a “Casa do Chris”, como vocês sabem ele não gosta que a chame assim sempre disse que é “Nossa Casa”, mas eu continuo fazendo mesmo assim, por costume, por ser a casa que ele e a Sally moraram por tanto tempo. Mas a segunda melhor coisa foi rever os meus pequenos, os nossos filhos, Jess e Math me receberam com muita alegria, assim como a minha cunhada, Sally. A partir daí nossa vida começou a entrar nos eixos novamente. Não importa a casa ou a cidade que moramos, desde que continuemos juntos, pra sempre.